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Melhores Países para Viajar sendo Negro

Eu gostaria de não precisar escrever um post com o título de “melhores países para viajar sendo negro” gostaria de pode viajar tranquilamente, sem a preocupação que meus amigos brancos tem quando escolhem um destino novo para conhecer, mas como vocês já sabem eu sou uma viajante negra, num mundo bem racista.

Além de preocupações corriqueiras de uma viagem, nós turistas negros precisamos nos preocupar com o racismo, e isso pode ser bem pesado e estragar as férias, mas mesmo quando não é algo escanacarado, é no mínimo irritante ter que passar toda a viagem com pessoas encarando você como se você fosse um ET.

Durante as minhas viagens, tive boas e más experiências, já fui vítima de racismo e também já encontrei pessoas muito boas, e já tive o prazer de ver a minha pele negra ser celebrada em alguns países, embora isso ainda seja uma exceção.

Essa lista de melhores países para viajar sendo negro reflete apenas a minha experiência de mulher viajante e negra, não quer necessariamente dizer que os países que ficaram fora da minha lista são países racistas ou que eu não recomendo, que dizer apenas que esse países foram países onde viajei e foram muito mais tranquilos que eu imaginava ou que me surpreeenderam demais.

Melhores Países para Viajar sendo Negro

Inglaterra

Vou começar falando da minha atual casa, e especialmente de Londres que é a cidade mais multicultural que já conheci com gente de todos os cantos do mundo. Estima-se que 1 em cada 3 pessoas em Londres nasceu fora do Reino Unido.

Há uma grande presença de negros na Inglaterra, vale lembrar que no ápice do Império Britânico eles tinha 1/3 dos países do mundo, e isso incluia muitos países da África e do Caribe, e hoje em dia a gente vê muita pessoas negras e seus descendentes nas ruas de Londres.

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Como o país está acostumado com essa multiculturalidade, ninguém simplesmente olha para a sua cara com olhar de espanto, londrino já viu gente de todas as cores e de todos os lugares, e no geral eles tem orgulho da cidade ser assim cosmopolita e ser uma segunda casa para povos do mundo inteiro, e um dos melhores países na Europa para viajar sendo negro.

Bulgária

Foi um país que me preocupou muito antes de viajar, tinha lido coisas horríveis sobre racismo na Bulgária, e iria sozinha para lá. Geralmente não tenho muitos problemas em países com forte presença de imigrantes, mas não é o caso da Bulgária que até o começo dos anos 90 era um país super fechado.

Eu voltei apaixonada por Sofia e pelos búlgaros que são extremamente hospitaleiros, contei sobre minha experiência como negra na Bulgária e como a viagem foi muito mais tranquila do que eu imaginava, sem muitos olhares estranhos e sem encaradas.

Turquia

Eu já disse que Istambul é minha cidade favorita no mundo, e já fui muitas vezes a cidade. Já fui a Istambul em viagem de casal, já viajei sozinha, e com uma amiga, e foi viajando com uma amiga que eu tive a melhor das experiências na cidade.

Eu viajei com uma amiga brasileira, que além de não ser negra, ela passava facilmente como turca. Estava claro olhando para mim que eu era turista, e numa cidade onde tradicionalmente comerciante isso é visto como dinheiro e fonte de negócios.

Já escrevi sobre como é ser uma turista negra em Istambul, e sinceramente é um dos melhores países para viajar sendo negro, tudo bem que muitas vezes os locais tratam você super bem para que você compre ou consuma, mas por uma vez ser bajulado muda dos olhares e encaradas que podemos receber.

Foi também em Istambul que fui chamada de Beyoncé, Michelle Obama e pelo nome de mais uma dezena de negras famosas, não que eu pareça com alguma delas, mas é a referência deles em se tratando de mulher negra. Eu era a “exótica” e todo mundo queria falar comigo nas festas, e elogiavam meu cabelo.

Cuba

Dos mais de 40 países que já visitei, Cuba é sem dúvida alguma ganha no quesito melhor país para viajar sendo negro, eu nunca me senti tão bem viajando para um país, além de toda a questão de representatividade e de eu poder me ver em boa parte da população, bem diferente das minhas viagens pela Europa.

Boa parte da população é negra, e muitas vezes fui confundida com cubana e eles adoravam o fato de eu ser negra, muitas vezes colocavam o braço junto do meu para dizer que tinhamos a mesma cor, aquela coisa de representatividade, pela primeira vez eles viam uma turista que era como eles e estavam muito feliz com isso.

Canadá

Foi a minha última viagem, e muita gente acompanhou meus posts nas redes sociais e recebi algumas perguntas como é ser negra no Canadá, e foi absolutamente tranquilo, eu estive em Montreal uma cidade cosmopolita e com presença de imigrantes, ainda que um pouco tímida ainda.

Nem sempre ser escolhido como um dos melhores países para viajar sendo negro quer dizer que vão fazer uma festa por você ser negro, muitos casos eu coloquei o país na lista apenas porquê a gente termina sendo mais um no meio da multidão, aquela coisa de ser invisível, sabe?

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Acho que todo mundo sabe que o Canadá ultimamente virou referência em se tratando de diversidade, e vem dando o exemplo a muitos países. Eu andei pelas ruas de Montreal, e como em qualquer grande cidade cosmopolita eu era só mais uma, sem olhares, sem comentários ou qualquer coisa que me fizesse me sentir mal.

Alemanha

Vamos ser sinceros, a história recente da Alemanha é bem pesada, cheia de coisas negativas. Acho que poucas pessoas conseguem dissociar totalmente a Alemanha da imagem do nazismo, e tenho certeza que isso faz com que muitos viajantes negros tenham um certo receio em viajar para a Alemanha por medo de sofrer racismo.

Eu já fui muitas vezes para a Alemanha, já fui para Berlim, e outras cidades importantes como Bremen, Aachen, Hannover, Frankurt etc, e nunca tive problema algum, pelo contrário! Boa parte dos alemães sentem uma vergonha danada do passado deles, e fazem o possível hoje para não repetirem o erro do passado.

Claro que se você for para um vilarejo minúsculo no interior da Alemanha pode encontrar alguns olhares curiosos, afinal certamente há pessoas que nunca viram negros na vida, mas nas grandes cidades alemãs é bem tranquilo, inclusive a gente consegue ver negros e pessoas de outras etnias. Minha experiência como negra na Alemanha sempre foi bem positiva.

Japão

Acredite! Eu sei que tem uma grande história sobre os japoneses serem racistas e não gostarem de pessoas negras então quando eu fui para Tóquio eu fui morrendo de medo, mas a minha experiência no Japão foi incrível e voltei encantada pelo país e pela cultura e hoje acho que é um dos melhores países para viajar sendo negro.

Os japoneses não são necessariamente racistas, mas xenófobos. O Japão é um dos países menos diversos do mundo, certamente o menos diverso entre os países desenvolvidos, onde mais de 95% da população é japonesa e eles não são chegados a estrangeiros em geral, independente de você ser negro ou não.

Mas porquê eu sendo negra gostei do Japão? Os japoneses também são conhecidos pela educação e discrição, duas coisas que admiro muito, então em momento nenhum durante as minhas 2 semanas e meia eu fui olhada diferente, ou apontada como já me aconteceu em outros países.

Eu me lembro de ter visto uma meia dúzia de turistas negros durante duas semanas, mas em nenhum momento senti qualquer hostilidade da parte dos japoneses, eu pegava o metrô em Tóquio e eu era um pontinho preto dentro do metrô, mas as pessoas sequer me olhavam, foi muito bom ser invisível e poder viajar tranquilamente.

Coréia do Sul

Seul foi a minha primeira viagem totalmente sozinha pela Ásia depois que mudei para Hong Kong. Eu estava um tanto apreensiva, afinal a Ásia não é conhecida por ser lá um dos melhores lugares para viajar sendo negro.

Eu passei cinco dias em Seul, durante os quais eu só vi uma pessoa negra além de mim. Os coreanos no entanto são bem discretos, nada de olhares, ou coisa do tipo. Na Ásia, a Coréia e o Japão até o momento estão entre os melhores países para viajar sendo negro.

Um dia estava no metrô em Seul, e uma senhorinha falou algo comigo. Tirei os fones do ouvido e pedi para ela repetir “You are pretty” disse ela, com um sorriso cheio de ternura. Várias vezes as senhorinhas coreanas foram simpáticas comigo, fazendo minha experiência de viajante negra na Coréia muito mais agradável.

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