O Tate Britain não é tão conhecido dos turistas, que no geral visitam o seu irmão – Tate Modern. O que pouca gente sabe é que o Tate Britain é 100 anos mais antigo que o outro, mas ainda assim ele é bem menos conhecido que seu irmão famoso, aliás eu mesma só fui conhecer ele depois de um ano após ter conhecido o Modern.
O museu fica num prédio bonito, às margens do Rio Tâmisa, onde funcionou uma penitenciária até o ano de 1890. O museu foi aberto em 1897 com o nome de Galeria Nacional de Arte britânica, mas desde o começo foi apelidada de Tate, uma homenagem ao seu fundador Henry Tate.
Antes de ir a primeira vez, eu imaginava que o Tate Britain só tinha quadros, pensava que era mais ou menos como a National Portrait Gallery, mas me enganei. Há também várias esculturas, principalmente nas alas que representam os dois últimos séculos de arte britânica.
Vou repetir que o prédio é lindo! Quando a gente entra, o corredor parece um palácio e a gente tem acesso a duas alas, que na verdade são uma sucessão de salas, uma espécie de cronologia da História Britânica, já que a arte nada mais faz que reproduzir o que está acontecendo no momento.
Dos artistas mais conhecidos, tem muita coisa de Francis Bacon ( que era o único pintor britânico que eu aconhecia até então) mas também William Blake, David Bomberg e outros artistas britânicos.
Eu sugiro começar a visita pelo lado esquerdo, pela ordem cronológica mesmo, que começa em 1540 e vai até o século XIX, numa sucessão de salas que vão mostrando os diferentes estilos da Arte Britânica.
Geralmente no andar superior fica as exposições temporárias ( pagas) e algumas outras salas exclusivas para os membros. No subsolo há um café e um pequeno restaurante.
Lembram que eu falei que o Tate Britain retraça 500 anos de Arte Britânica? O último século eles representam separado por décadas, e cada sala representa uma década diferente, como é o mais próximo da gente, conseguimos reconhecer algumas influências, principalmente coisas da década de 60-70-80 que a gente fala tanto.
Essa sucessão de quadros foi um dos que eu mais gostei, quando olhei de perto eu percebi que era a bandeira do Reino Unido com uma suástica, e a medida que a gente avançava parecia que o quadro ia se rasgando.
Esse quadro se chama “Destruição da Frente Nacional” e essa foi uma resposta para o aumento do sentimento de nacionalismo no começo dos anos 70, o quadro vai destruindo a suástica e a bandeira, até que no último quadro fica difícil de reconhecer que originalmente era a Union Jack (bandeira do reino Unido) e uma suástica.
A lojinha do museu fez sucesso no meu Instagram, mostrei que nem só de cartões-postais, chaveiros e outras lembrancinha vive a lojinha do Tate! Eu adoro passar em lojas de museus e sempre compro alguma coisa, e qual não foi minha surpresa ao ver que além de lembrancinhas, livros e artigos de papelaria, a lojinha vendia gim?
Sim, vocês leram certo! A lojinha do Tate Britain estava vendendo garrafas de gim, juntamente com livros sobre o assunto e um pouco da história do gim tônica, bebida originada aqui no Reino Unido.
Outro artista importante lá é o Henry Moore que tem várias esculturas, isso já na ala da direita que é onde ficam as obras mais modernas.
De forma geral, a gente pode reconhecer as obras do Monroe fácil, elas são na sua maioria em bronze e retratam quase sempre uma silhueta humana, na sua maioria deitados ou reclinados, e com algum buraco ou cavidade no corpo, o Tate Britain dedica duas salas ao artista.
Informações práticas sobre o Tate Britain :
Endereço : Millbank, Westminster, London SW1P 4RG
O metrô mais próximo é o Pimlico (Victoria Line) mas dá também para descer em Westminster e fazer uma caminhada de 15-20 minutos pela beira do Rio Tâmisa.
Horário de funcionamento : Aberto diariamente das 10 as 18h.
Entrada franca.
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