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O que Fazer em Seul : Dicas do que Visitar

Existe muito o que fazer em Seul! A capital coreana tem cinco palácios, vários templos, e muita coisa legal para se conhecer! Eu não sabia bem que tinha tanta coisa e que a cidade era tão viva!

Seul e a Coréia nunca foi minha prioridade para conhecer, sempre tive interesse na verdade, mas nada de especial que me fizesse ir para tão longe. Quando me mudei para a Ásia, eu comecei a repensar nisso, e apesar das praias do Sudeste Asiático serem campeãs, eu sou muito mais uma viajante de cidade.

Depois de alguns meses já morando em Hong Kong, decidi fazer a minha primeira viagem sozinha, e corri para o site da low cost Hong Kong Express para ver o que tinham de promoção. Quis o destino que a primeira cidade que anunciaram fosse Seul, e eu que já tinha uma paixão por Tóquio, sabia que ia gostar de Seul e comprei a passagem.

Seul é a grande metrópole coreana, um misto de cidade com História, exatamente como gosto. Há muito o que fazer em Seul, muitos lugares para visitar e muita coisa para comer também. Fiz um post com informações sobre o que fazer em Seul e também com informações práticas.

O que fazer em Seul e o que visitar

Seul tem cinco palácios reais! A Coréia tem uma parte de História um tanto triste, com guerras, dominação japonesa e alguns problemas. Os cinco palácios foram habitados por reis em épocas diferentes, eu visitei três deles e você pode ver que todos tem um trono.

Palácio de Gyeongbokgung

Esse é o principal palácio e número um de qualquer lista de o que fazer em Seul. Esse palácio foi construído em 1350 e destruído e reconstruído muitas vezes ao longo da sua história. Não é um palácio contínuo, mas vários pavilhões dentro de um parque.

Uma coisa é que os palácios em Seul são baratos. O Gyeongbokgung é o que tem o ingresso mais caro, e custa apenas 3000 wons. O ingresso para o palácio dá direito também a entrar nos museus que fazem parte do complexo.

Eu dei uma passada rápida no National Folk Museum of Korea, ele conta um pouco sobre a vida dos coreanos, coisas como agricultura e pesca muitos séculos atrás. Há outros museus dentro do complexo do palácio, mas preferi me concentrar mesmo na visita do palácio que já toma algumas horas.

Troca de guarda em Seul

Não é só Londres que tem troca de guarda! Em Seul há troca de guarda no Palácio Gyeongbokgung duas vezes por dias : às 10h e as 14h (exceto às terças!) onde a gente pode ver esses guardas com roupas coreanas tradicionais fazer o revezamento e trocar a guarda do palácio.

Palácio Changdeokung

Esse é o segundo palácio mais importante de Seul, e um dos mais procurados pelos turistas. Eu achei ele um pouquinho mais bonito por dentro (as salas) que o Gyeogbokung e um pouco mais vazio também. Ele foi o segundo de todos os palácios a ser construído e ainda é o mais preservado de todos.

Uma coisa que você vai ver nos palácios de Seul, é que todos possuem uma sala do trono. Eu perguntei ao guia qual deles era o palácio real, em qual deles o rei morou e ele respondeu que em todos.

Todos tem uma sala do trono, porquê durante os anos de monarquia na Coréia, houve construção e destruição de todos os palácios, e assim a depender da época, o rei morava em um ou em outro palácio.

Uma das partes mais bonitas dele é o jardim secreto. Infelizmente eu o visitei num dia que choveu sem parar em Seul, e não consegui visitar essa parte, já que o palácio é aberto. Os palácios em Seul são como pavilhões dentro de um parque ou área verde. Geralmente dá para caminhar bastante e visitar os jardins.

Palácio Deoksung

Esse aqui eu só descobri que era mais um palácio real no meu último dia na cidade. Os palácios em Seul são diferentes do que nós conhecemos como palácios, então passei na frente umas duas vezes e achava que era um templo. Assim como os outros, ele tem vários pavilhões e fica dentro de um parque com vários outros prédios dentro.

Eu fui a tarde, e diferente dos outros palácios ele estava bem vazio. O palácio faz parte de um complexo maior, envolvendo ainda alguns museus. Eu fui no Museu de Arte Contemporânea que fica lá dentro. Ele não é nada demais, simples com algumas esculturas e quadros, mas que vale passar se você estiver já lá dentro.

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Há uma troca de guarda aqui também! Ela é menos popular que no Gyeongbokung (e mais vazia!) A troca de guarda acontece de terça a sábado, três vezes por dia : 11h, 14h e 15:30h com músicos inclusive.

Telhados dos palácios de Seul

Abro um parêntese aqui para falar dos telhados dos palácios de Seul. Eu acho que as vezes tirei mais fotos dos telhados que do interior dos palácios. Cada telhado era um flash! (bordão velho de novela!) mas eu tirei muitas fotos em ângulos diferentes.

Arrisco a dizer que nunca vi telhados tão bonitos. Coloquei algumas fotos dos telhados no Instagram, procurem pela #paulanacoreia

Fazer um tour do palácio com um historiador

Seul tem cinco palácios, e eu fiz o tour de um deles com um historiador. Cada vez que viajo, eu sempre tento fazer algum tour, seja walking tour, tour temático ou o que seja. Acho importante esse contato com algum local e também poder conhecer um pouco mais a fundo do lugar que estou visitando.

Foi certamente a experiência mais incrível que tive em Seul! Sabe essa coisa que viajar não é só tirar fotos na frente de monumentos famosos e sim sentir a cidade? Eu consegui viver muito melhor a cultura coreana com esse tour.

No dia do tour, eu era a única turista, então pude ter um tour exclusivo. Dentro do pacote, tinha também o aluguel de um hanbok (essa roupa tradicional) e um jantar. Fomos num restaurante pequeno, meio escondido atrás de um beco, que eu certamente nunca iria encontrar sozinha.

Uma das dicas que não está na maioria dos guias de o que fazer em Seul, mas que eu amei foi alugar um hanbok. Hanbok são roupas tradicionais coreanas, e você vai ver muita gente nos palácios vestidas assim.

Ao redor de todos os palácios de Seul tem diversas lojas de aluguel de hanbok. Você pode escolher um, geralmente as lojas tem locker e você deixa suas coisas lá. Eu não fiz book como já me perguntaram, mas um tour onde o aluguel do hanbok estava incluso e amei. Minha experiência foi bem melhor usando a roupa.

Estátua do Rei

Na mesma praça, já quase chegando no Palácio de Gyeongbokgung fica essa estátua em bronze do rei Sejong. /O Rei Sejong da famosa dinastia Joseon foi responsável por criar o Hangul – alfabeto coreano. A estátua mostra um senhor sorrindo e olhando para o povo coreano.

Bukchon Hanok Village

Tinha lido sobre em alguma revista com dicas do que fazer em Seul. Eu achava que era um vilarejo perto de Seul, uma espécie de passeio bate e volta de Seul, e qual não foi minha supresa ao descobrir que fica bem no centro de Seul? O vilarejo de casas tradicionais fica bem no centro e perto de um dos palácios.

O objetivo é se perder no labirinto de ruas com suas hanok, essas casas típicas coreanas. É um lugar super turístico sim, e você vai ver também turistas e locais fazendo ensaios fotográficos, porquê Bukchon é extremamente fotogênico. As casas contrastam com o centro super moderno de Seul, e é um dos meus top o que fazer em Seul.

Numa das subidas, eu vi uma placa com uma mensagem falando que não queriam turistas. Me lembrou em muito algumas cidades como Barcelona, onde os moradores estão sofrendo com o turismo desenfreado. Me lembrou no sentido do protesto dos moradores, porquê no sentido de bagunça, não pude presenciar nada.

Templo Jogyesa

Um dos templos budistas mais populares de Seul. No salão principal, você vê três estátuas douradas de Buda num salão que poderia pertencer a um dos palácios de Seul, porquê tem a arquitetura tão bonita quanto. Ele é um dos templos mais centrais em Seul, por ser de fácil acesso sempre tem turistas lá.

Eu fui num dia bem importante : Aniversário de Buda. É um dia feriado em muitos países asiáticos e o templo estava bem cheio. Tinha muitos monges cantando, pessoas rezando e muitas lanternas.

As lanternas de papel foi o que eu mais gostei nesse templo, e soube que além dessa época, eles também colocam lanternas no festival de lanternas (ambos no mês de maio)

Santuário de  Jongmyo

Esse aqui não é um templo como outro qualquer em Seul. Ele é um santuário real que foi criado como forma de honrar os reis antepassados. Cada rei da dinastia Joseon homenageava o monarca anterior, algo bastante enraizado na cultura coreana.

Uma boa parte da Ásia segue o Confucionismo como filosofia de vida. No Confucionismo, o respeito pelos antepassados é uma das coisas mais importantes. Assim é muito comum as pessoas fazerem rituais, e outras práticas para os antepassados mortos.

O mais engraçado de tudo isso é que não há restos mortais, cinzas ou nada dos antigos reis no local. Para nós, um santuário como esses deveria necessariamente ter restos mortais ou coisa assim, mas esse aqui é mais simbólico nesse sentido.

A visita não é feita individualmente. Há tours em diferentes línguas durante o dia (coreano, chinês, japonês e inglês) no dia que eu fui, o tour em inglês começou às 14hrs, mas pode ser que os horários não sejam os mesmo sempre, se informe antes de ir.

Dongdaemun Market

Um mercado tradicional em Seul bem perto do Templo Jongmyo. O mercado é um sem fim de ruas enfeitadas com bandeirolas e lojas e restaurantes. O mercado é um misto de comida de rua e lojas de tecidos. A depender de por onde você entrar, vai ver lojinhas de tecidos e consertos de roupa ou então pequenos restaurantes e tabuleiros.

O forte aqui são as comidas. Almocei lá uma vez, são várias barraquinhas e restaurantes simples instalados por todas as ruas da feira. Almocei por 5 000 wons, uma sopa de dumplings com alguns acompanhamentos.

No geral a comida coreana é apimentada! Comigo aconteceu de comer mesmo coisas simples como cup noddles e ser muito mais picante do que de costume.

Tour na DMZ

Uma das coisas que eu mais queria fazer em Seul era o tour na DMZ. DMZ é a sigla em inglês para zona desmilitarizada, que em resumo é uma zona na fronteira entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte onde é possível conhecer um pouco mais sobre a Guerra das Coreias e a situação atual.

Existem vários tipos de tour, e eu peguei um onde um norte coreano participa e a gente pode fazer perguntas para ele. Foi uma experiência enriquecedora, poder conhecer um pouco mais, era a história viva ali diante dos meus olhos.

Namsan Park e N Seoul Tower

Um dos lugares que eu super curti conhecer em Seul. Eu imaginava que no alto da colina só tinha a torre, mas me enganei de saber que além do parque, tinha toda um área lá em cima com uma vista excelente de Seul.

Locks of love

Se tem um lugar que as pessoas apaixonadas vão gostar, esse lugar é o Locks of Love que fica já na saída do teleférico que a gente pega para ir para o parque e a torre.

Você vai subindo e vendo alguns cadeados, e quando menos espera eles estão por toda parte. São paredes e mais paredes com cadeados, declarações de amor, e mesmo capinhas com declarações de amor.

N Seoul Tower

Se do parque a gente já tem uma vista incrível de Seul, imaginem do alto da N Seoul Tower?

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Memorial da Guerra

A Guerra da Coréia na verdade nunca acabou. Nunca houve um tratado de paz entre as duas partes, e sim um cessar fogo apenas. Foi a Guerra da Coréia que deu início a separação atual em duas Coréias.

Uma imagem que guardei na lembrança e que vi nesse memorial, é uma estátua representando as duas Coréias. Duas meninas segurando dois relógios, um com a hora exata do começo da guerra e outra do dia, marcando 25 de junho de 1950.

Representando as duas Coréias que pararam nesse exato momento, e o relógio só vai voltar a funcionar quando as duas partes voltarem a se reunir.

Leia também : Como é ser uma turista negra em Seul 

Cerejeiras de Seul

Eu sei que é no Japão que as pessoas geralmente vão ver as cerejeiras. Esse ano, descobri que a Coréia também tem essa tradição, um pouco menor e menos conhecida que a do Japão, mas bonita também.

Se você tiver a sorte de ir a Seul durante a época da florada das cerejeiras, vai conhecer um espetáculo lindo. Infelizmente não dá para prever exatamente quando vai ser, mas se você for no começo da primavera, tem mais chances de ver.

Fazer um tour fotográfico em Seul

Seul é uma cidade extremamente fotogênica, cheia de palácios e de lugares bonitos. Para completar, quando você aluga um hanbook (esse vestido tradicional) você entra gratuitamente nos cinco palácios e alguns templos.

Que tal unir o útil ao agradável e aproveitar para fazer um ensaio fotográfico com um brasileiro em Seul? A minha experiência foi maravilhosa, e fiquei com vontade de fazer mais fotos na minha próxima ida a Seul.

Quanto tempo ficar em Seul?

Eu recomendaria quatro dias, para visitar pelo menos dois palácios, andar e conhecer a cidade com calma. Ainda que você fique mais tempo, Seul tem muita coisa a oferecer, tem trilha para quem gosta, tem praias perto, tem templos, mercados e a possibilidade de fazer passeios bate e volta.

Onde se hospedar em Seul

Eu escolhi o bairro de Myendong para me hospedar em Seul. O hotel que fiquei eu não gostei tanto Cozy Hotel mas achei a localização maravilhosa e super conveniente. Deixo aqui uma lista com hotéis bem localizados em Seul.

Transporte em Seul

O transporte público funciona super bem em Seul. Eu peguei o metrô muitas vezes, relativamente fácil, limpo e rápido. O transporte custa em função da distância a ser percorrida, e a tarifa mínima é 1350 wons.

Existem bilhetes para uso único, mas pedem 500 wons de caução que é devolvido quando você devolve o cartão. O ruim do bilhete único é ter que calcular onde você vai descer, já que precisa pagar a quantia em função da distância.

Todas as estações tem o nome em coreano e em inglês, assim não tem erro. Os avisos do metrô também são dados em inglês. Não cheguei a pegar ônibus, achei um tanto complicado e preferi apenas o metrô por ter explicações em inglês.

T-money card

Se você for usar bastante o transporte público, vale a pena fazer um T-money. O T-money nada mais é que um bilhete eletrônico onde você coloca dinheiro para pagar o transporte. Eu comprei o meu no aeroporto mesmo, e já usei para chegar ao centro de Seul. Com o T-money card, há um desconto de 100 wons na tarifa de metrô.

Como ir do aeroporto para o centro de Seul

As duas formas mais simples para ir do aeroporto de Incheon (por onde chegam a maioria dos voos) até o centro de Seul são trens e ônibus. A diferença básica das duas formas é o tempo e o preço. Eu usei as duas formas principais e todas duas tem suas vantagens.

Ônibus

São diversas linhas, as chamadas limousine cars que saem da porta do aeroporto. A linha que você vai pegar depende basicamente de onde você vai se hospedar. Eu fui no balcão de compras e mostrei onde iria me hospedar e a atendente me recomendou qual pegar. Apesar de demorar mais, a depende de onde você for ficar vale mais a pena, já que os trens chegam no centro e seria necessário ainda pegar o metrô na maioria dos casos.

O preço do ônibus muitas vezes é mais caro que o do trem para o centro! Claro que ele demora mais também, mas para mim foi interessante porquê já fui olhando a cidade pela janela. Os preços dependem do destino, diferentes bairros tem diferentes preços, para mim foi vantajoso porquê o ônibus que peguei (6015) tinha ponto final em Myengdong, e eu desci praticamente na esquina do meu hotel.

Outra vantagem é que se você tiver um voo bem cedo, pode pegar um desses ônibus, que rodam a noite toda. Durante a madrugada, a frota é super reduzida e sai um a cada 90 minutos em média, mas pelo menos dá para ir para o aeroporto a qualquer hora.

Trem

O aeroporto principal de Seul se chama Incheon e fica a 63km do centro de Seul. Ele também tem trens do aeroporto para o centro, há duas linhas que fazem o trajeto : Uma que para em 13 estações, saindo da Estação de Seul e indo para o aeroporto, e outra sem paradas intermediárias.

A diferença está no preço e no tempo de deslocamento : 5 000 wons para o tem com paradas e 59 minutos, contra 9 000 wons e 43 minutos no trem expresso.

Vistos

Não é necessário vistos para brasileiros e portugueses em turismo na Coréia por até 90 dias. Uma coisa curiosa é que eles não carimbam o passaporte, e entregam um papel de entrada. Guarde com muito cuidado esse papel, e apresente-o na sua saída do país.

Dinheiro e custos

A moeda oficial da Coréia do Sul é o Won. Eu troquei dinheiro numa casa de câmbio no aeroporto. Tinha já noção do que fazer em Seul e o que queria visitar e troquei o dinheiro conforme.

Uma coisa é que a moeda é “alta” no sentido de usar grandes somas. Uma passagem de metrô custa mais de mil wons, almocei por 10 mil e assim vai…as vezes me assustava quando perguntava quanto era e me respondiam 10 mil!

Outras cidades para conhecer na Coreia

Na minha última ida a Coreia, além de Seul eu visitei também Busan, que é a segunda maior cidade da Coreia. Busan fica no litoral e foi uma ótima surpresa de viagem, feirinhas, praias, templos incríveis e mais. Tudo isso a umas 3h de trem de Seul.

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