Sou uma mulher negra e viajante, e se só isso não bastasse, também costumo viajar sozinha. Muitas vezes durante as minhas viagens, sou a única pessoa negra que vejo durante horas, dias ou até mesmo durante a minha estadia inteira.
Em alguns países onde é pequena a proporção de estrangeiros, eu costumo causar uma certa surpresa nos locais, não necessariamente algo ruim, mas é algo que sai do cotidiano deles, algo que destoa do restante, mais ou menos como estrangeiro no Brasil, sabe? Eu sou aquele alemão de pele rosa do sol com meias e sandálias, a gringa na maioria das vezes sou eu, e é muito mais difícil ser gringa quando se é mulher e negra.
Muita gente fala das dificuldades que uma mulher viajando sozinha pode enfrentar, mas pouco se fala sobre viajantes negros em lugares como Europa (especialmente Leste Europeu) e na Ásia, então por ser mulher e negra eu sempre tenho muito mais receios que minha outras amigas brancas por exemplo, mas isso não me impede de viajar e de conhecer os lugares.
Eu já tinha ido pra Ásia outras vezes, e até escrevi aqui sobre minha experiência de ser negra no Japão, mas tinha uma leve hesitação em relação a Hong Kong, talvez seja pela proximidade com a China e o fato de eu ter lido uma semana antes o caso de uma família negra que era parada sempre para tirar fotos ou que estranhos fotografavam eles escondidos na China.
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Eu estou “acostumada” a ser olhada em alguns países que vou, na maioria dos casos não passa da pura e simples curiosidade inerente ao ser humano, mas como já sofri um racismo explícito uma vez, eu as vezes me pergunto se isso vai acontecer na próxima viagem.
Hong Kong é uma cidade super turística, e uma cidade acostumada a ter expatriados de várias partes do mundo e eu imaginei que não teria muito problema com isso de ser uma negra em Hong Kong, exceto pelos olhares curiosos que ainda recebo mesmo em algumas grandes cidades.
Minha experiência como negra em Hong Kong
No meu primeiro dia fazendo turismo em Hong Kong, claro que fui olhada algumas vezes, mas nada demais, aquela mesma coisa do alemão no Brasil, muito mais por curiosidade e por destoar dos locais que por racismo ou qualquer outra coisa negativa.
Meu primeiro momento “uma negra em Hong Kong” foi quando estava no pier e duas meninas ficarão olhando para mim, olharam, cochicharam e me pediram para tirar uma selfie com elas. Não era a primeira vez que asiáticos me pediam para tirar selfies com eles, um grupo de chineses me pediu em Bangkok, em Paris e eu meio que já esperava que isso acontecesse em Hong Kong.
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No mesmo dia a noite, vou jantar num restaurante e quando entro a senhorinha da mesa ao lado não conseguiu parar de olhar para mim. O que faço nesses momentos é olhar a pessoa, encarar mesmo para ela perceber que está sendo incoveniente, o que funciona em 90% dos casos.
Ainda no mesmo restaurante, uma pessoa para e olha o cardápio na porta, e quando me vê, volta para olhar e vira o pescoço na minha direção quase como a menina do exorcista, e eu terminei rindo. Dava para notar no olhar das pessoas mais velhas principalmente, que elas estavam surpresas de me ver ali.
Minha estadia em Hong Kong aconteceu sem nenhum incoveniente maior, conheci vários dos pontos principais da cidade, fui em bairros não-turísticos, comi em restaurantes onde apenas asiáticos vão e as pessoas sempre foram bem simpáticas comigo.
Claro que por ser negra em Hong Kong e ser mais alta que a maioria das mulheres locais eu chamava atenção, mas não foi uma experiência ruim em momento nenhum, a maioria dos olhares eram de curiosidade ( a gente consegue decifrar bem depois de um tempo) por ver algo diferente do habitual.
Eu sei que muita gente ainda tem muito receio e medo do racismo na Ásia, mas a minha experiência até agora tem sido muito positiva, está certo que eu só fui em cidades grandes, mas sei que abre mais uma porta para outros negros viajantes como eu que tinham receio em viajar para os países asiáticos.
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